António Pais da Rosa
BIOGRAFIA
DE ANTÓNIO PAIS DA ROSA
Nasci em terras da Beira-Alta, Portugal, no dia 5 de
Agosto de 1933. Filho e neto de agricultores, bem cedo me
familiarizei com os segredos do campo, com o chilrear dos pardais,
com o balir dos cordeiros e ovelhas, com o mugir das vacas e o zurrar
da burra, a familiar “mariazinha”, cujos sons faziam concorrência
aberta com os sinos da igreja local, quando chamavam os fieis a
cumprir os seus deveres. Era uma perfeita melodia e, para mim, um
encanto, devido à beleza e multiplicidade dos sons.
Anos
mais tarde, passei a viver com os pais em Lisboa a fim de continuar
os estudos no Liceu Gil Vicente, instalado na altura, na Igreja de
São Vicente. Era um edifício centenário, histórico, frio, devido
à descomunal grandeza, onde jaziam figuras ilustres desta nobre
NAÇÂO.
Quando
passei para o 2º.ano fui chamado ao palco do salão de festas para
receber um prémio atribuído ao melhor aluno do primeiro ano, na
categoria de solfejo e poesia. Chegado a casa mostrei o prémio à
minha mãe, um livro volumoso sobre “A vida de Mozart”. Sei que
na altura recebi dela uma crítica bem áspera e nunca mais vi esse
livro que nem sequer cheguei a abrir. Mas, esta atitude, tinha de ser
aceite e tolerada já que se estava em plena 2ª. guerra mundial,
onde as dificuldades eram mais do que muitas e a comida bem escassa.
Ao completar os estudos no liceu, matriculei-me no IST, a fim de
tentar tirar um curso de engenharia. No entanto, num ato puro de
aventura,algumas dificuldades económicas e num ato de libertação
à procura dum futuro, com futuro, mais risonho, fui para Angola ,
onde trabalhei e estudei nos EGUA -Estudo Gerais e Universitários de
Angola. Nessa terra amadureci e me realizei como ser humano.
Obrigado
a essa terra e suas gentes. Anos mais tarde instalei-me na RSA ,
África do Sul, onde trabalhei e estudei.
Neste
país estive ligado a uma empresa de contabilidade, fui proprietário
duma agência de viagens em Pretória e engenheiro mecânico numa
empresa inglesa, cerca de 21 anos.
No
decorrer desses anos sempre escrevia prosa e poesia que nunca
guardei, quem sabe se por motivo de antigos recalcamentos de origem
psíquica. Só Deus o sabe...
Estive,
também, ligado a todas as colectividades lusas e à Cruz Vermelha
onde fui o responsável pela sua actividade dentro da comunidade
portuguesa na cidade de Pretoria.
Todas
as semanas escrevia um artigo para um jornal de expressão
portuguesa, POPULAR, e sempre participei na construção das escolas,
anexas à nossa Igreja Portuguesa, em Pretoria Oeste.
Mais
tarde, no início de 1993, meio exausto, regressei a terras do velho
Continente para descansar. Pobre sonho, dum adulto com espírito
jovem e empreendedor...
Um
dia, por acaso, ao assistir a umas reuniões da Cruz Vermelha, na
Parede, apresentaram-me um poeta famoso no meio. Foi o princípio do
fim, pois a partir dessa data descobri o que pretendia, dei largas ao
meu pensamento, meditei, e soltei meus desejos e sonhos. Mais tarde,
era nomeado para vice-presidente da APP , Associação dos Poetas
Portugueses e quatro anos mais tarde, presidente da mesma. Hoje estou
ligado à ALA, Academia de Letras e Artes, no Monte Estoril, ao
Notícias de Viseu, de quem sou delegado em Lisboa e com quem
colaboro, tendo já participado, ao longo dos últimos anos, em
diversas antologias e recebido alguns prémios ao participar em
concursos ou jogos florais. Neles, uso, algumas vezes, os pseudónimos
“Ze Roque” e “Z.Rock”.
Há
cerca de cinco anos, por motivos graves de saúde, devido ao mau
funcionamento do coração e problemas de locomoção tive de
interromper muitas das minhas actuais actividades abdicando de
presidente. Hoje, sou o Presidente do Concelho Fiscal da APP.
Agora, o meu objectivo principal, neste momento, é escrever até
altas horas da noite com o intuito de deixar um espólio bem volumoso
que traduza a vida e o sentir dum pobre homem que, na sombra,
sempre se procurou cultivar e ajudar outros poetas a singrar,
libertando-os de traumatismo como aqueles a que fui sujeito, que o
limitaram e que o irão acompanhar até aos momentos finais desta
passagem por este planeta bendito que o humano pretende alterar e
danificar e de prémios ou títulos
sem
qualquer espécie de significado. O homem parte e a obra fica...
Quero,
sim, amar pois o amor é um fluido sagrado que é bombeado da minha
alma pelo coração para iluminar minha mente, tornando-a mais
humana, digna e realizada. Como é tão genial ser um eterno poeta
para poder viver a pureza da vida, o encanto da alma e sentir a
grandeza do sonhar, do amor a transbordar do coração. Amar, viver,
sentir, ler e estudar são as armas preciosas no caminho do meu
sucesso individual a caminho do belo, da bondade, da pureza e glória
do ser dito humano, para além do suporte espiritual da minha amada
esposa e dos dois bem quistos rebentos, um luso-angolano e outro
luso-sul africano a viver em terras sagradas de SANTA CRUZ, Brasil.
19JAN2013
PROSA
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